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As rendas e transparências indicam

que chegara a lascívia sem contenção

Nos olhos o rímel preto e a sombra incitam,

desfilando olhares, aflorando a sedução...

Ah...sedução ardente em olhares contida,

sepultura das castidades e berço dos prazeres.

Melancolias profanadas e alma esvaída,

Onde os olhares amaram os doces seres…

Idolatro em seus olhos o desejo robusto,

milímetros insanos de denso mergulho,

sem pudor perpasso em ti por cada recanto

com olhar penetrante ao qual sigo te despindo...

A castidade com que deslizo abrasantes digitais,

Solta a vigorizada essência selvagem…. Brava.

Na mansuetude das sensualidades...orais...

Onde me proponho fazer-te sentir amada.

A alma inquieta-se... queima... o corpo arde...

tocas-me... atiças mi’a pele... provocas-me...

encaixa-se bem no meu meio flamejante,

entre arrepios, próxima ao seu ouvido, digo: - amas-me...

Gesto nu escravizado a primeira lambida

Elevação erótica em línguas entrelaçadas…

Corpos encrespados em loucura incontida,

Deliciosamente orvalhadas…gozadas…

De olhos vendados perco-me em teus abismos,

os gemidos correm soltos estraçalhando muralhas,

um sobre o outro sobrepomos nossos corpos,

entre lençóis de setim nos entregamos às loucuras...

Sob o verbo amar, lambidos…amados…beijados

Os corpos colados nos gemidos eloquentes…

É amor esculpido pelos poetas apaixonados…

Em sonhos voados …húmidos…ardentes…

Denise e Robert