Natureza pura e impura


Natureza pura e impura

Arrepia-me levemente na deslocação das estrelas
e da tua boca que irrompe em mim inocência tua
de papoila cujo perfume se estende sem tréguas
para lá dos abdómens que salpicas sem regras
como uma libélula saltitante debruças-te nua
beijas o mar inundado dos cristais de sal
espalhados pelo lume na ponta dos dedos
que os suores soltam em reservado vendaval
de olhos nos olhos para as mãos tatearem
o vento fazendo amor sobre as dunas…
Arrepia-me no fundo dos vulcões que há em ti ….
Num soluço da respiração estremecemos
tudo que em nós é mais intensamente sísmico…

Robert

1 comentário:

Denise Matos disse...

"Arrepia-me no fundo dos vulcões que há em ti" Nossa... isso foi majestoso, querido... Lindo demais... poesia do âmago do poeta! Amei de paixão!

Aplausos e mais aplausos...

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