Nos amamos enquanto escrevia poesia…
Fomos os únicos a se mover em cima do papel
expostos à paixão na tinta que corria e vaticinava
o destino dos nossos corpos no intenso carrocel
dos sonhos que percorriam as encruzilhadas do desejo
e ainda expostos aos lábios… pediam um beijo
indiferentes à sonolência que a língua assassinava
e o amor que soltava os ecos há muito soterrados…
Esfregamos os corpos na luz e explodimos amados
no interior desta ânfora que em ti é alucinada…
Lambemos a lentidão multicolor das essências
até ao nervo onde a boca procura a enseada
e os lugares húmidos dantes despovoados
de onde não queremos voltar dessa viagem
Apaixonados…
Onde o mar subiu degrau a degrau pelos lençóis
e inundou os corpos de luxuria que nospinta…
Nunca me habituei a morrer sem teu amor
assim…impuro e com o corpo borrado de tinta…
Robert
1 comentário:
Uauuuu...... que lindo poetar, Robert... Bravo! Mui lindo! O final ficou de suspirar!
Aplausos aos montes pra vc, muito merecidos!!! Bjos...
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