Filha do Vento


Filha do Vento

Chovia copiosamente no silêncio da madrugada.
anunciando saudades lúgubres e taciturnas
onde tua ausência foi claramente notada
até pelas misantropas traças noturnas.
que me olhavam divorciado de roupa alguma
e os lençóis foram mortalhas fúnebres do vazio
ao saber que o dia seria chuvoso.

Gritei como um cão faminto e raivoso
à madrugada vazia que oprime o ordinário
desejo de ti, suscetível de ser profano
ou de elegante politica versátil do turibulário
faminto dos orgasmos politicamente corretos
roubados ilegalmente após baixar o pano.

Hoje não quero só sossego!
Que se foda esta quietude!
Escuto nos becos o êxtase que fremiria
pelo aconchego que qualquer puta idealiza um dia,
falta-me egoísmo para ascender ao céu
mas por ti afundo-me no lodo com atitude….

Amor? Sexo? Meu corpo arfado transborda tesão
querendo beber-te em espasmos até emarear
na madrugada perdida de sexo aglutinável…

Volta paixão admirável!

Boca bonita da filha do vento
Polpa de fruta que desejo comer
mesmo que o dia seja chuvoso.

Robert















1 comentário:

Denise Matos disse...

Um desejo desmedido, arfante no peito de quem ama! Não simplesmente uma poesia, uma entrega de corpo e alma exalada pela alma do poeta e que contagia quem o lê!

Aplausos aos montes e muitos mais... e mais... e mais...
Bjos em seu lindo coração...

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