Quero a fome do teu silêncio


Quero a fome do teu silêncio

Quero a fome que o teu silêncio clama à loucura,
exigindo luxuria ao nos baquetearmos de ais e demais
gemidos servidos pelos mordomos fieis à paixão…

Quero sentir-te… ouvir-te… lamber-te como matilhas
enquanto plantas a vinha que parirá filho a Baco
pelas fontes de gozo que escorrem entre as virilhas
tenras de carne vergôntea perfumada de canela e tabaco…

Jorrou as poesias escritas que amordaçado murmurou o tesão
como rebanhos enlouquecidos correndo nas florestas
assustados pelos uivos de cio ...tentação…sedução…
Silêncio! Escuta a língua a percorrer as arestas…

Os sentidos recolhem rebanhos entre nossos corpos
por breves instantes de sanidade os desejos tomam folego
e recomeçam a desenfreada paixão espantando os pássaros
nos caminhos dos abdómens em que entornei os copos…

Correndo vinhos nas melodias que adornam clitóris
nas águas noturnas dos loucos lagos encantados
onde os Nenúfares e as estrelas gritam fazendo amor.

Quero o silêncio escrito depois da morte por Osíris
ao alveolar orais definitivamente apaixonados
comendo com avidez a tua fome sem pudor.

Robert


1 comentário:

Denise Matos disse...

Que delícia de banquete!!! Uauuuu!!! Que poesia ma ra vi lho sa! Nos teus versos a lúxuria rende-se ao amor, isso é lindo...
Sublimes versos querido...
Aplausos e mais aplausos pra vc!
Bjão, querido!

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