Fizemos Amor!



Fizemos amor!

Foi nosso, o primeiro olhar da manhã…

O livro poeirento de novo encontrado,

rostos entre rastros e rastros nos rostos,

estações em desordem…loucas…sem polos…

O jornal… não li!

O cão …fugiu!

A dialética é húmida entre teses e antíteses…

Tomar duche? A dois…

Velha música fez amor no vinil…

Sapatos incómodos… onde os deixamos?

Escrevemos… plantamos…

Viajamos… cantamos…

Fizemos amor!

Robert


Na nudez em que fui louco


Na nudez em que fui louco

Contemplo tua existência nua
tateando tuas brisas…fui louco...
Não sei se o gozo é meu sendo a cama tua
ou se tudo te pertence…o que seria pouco!

A nudez eu lambi…sim… assim fiz!
Sinto na boca o clitóris borbulhar sem piedade…
Tamanho é o prazer que não sei se sou apenas feliz.
Nem se desejo sê-lo…morreria assim…sem castidade!

Robert

Nunca me ensines a esquecer-te


Nunca me ensines a esquecer-te

Corrias entre as brisas da tarde, no viridário,
arrastando admirações e sensações…
A saia nua e transparente levitava aos olhares,
dos incrédulos personagens do gozo prometido
entre bocas frescas e flores de amendoeira…
Corriam seios tatuados em renda fina
Sob a curva do libidinoso corpete…
A mente gritou um tropel infinito de desejos,
instintos propuseram-se sorver-te…gota a gota…
Beleza… luxúria febril de carne palpitante
que desejei estreitar entre meus avanços másculos.
Exausto no delírio da gula…absorto, embriagado,
mergulho na febre do incerto mar…
Rasgo o frescor do teu vestido, como ébrio poeta,
sob efeito da inocência de um sonho…
Embalados na matiz dos rouxinóis,
temendo que o ruído ofegante os afugente
silenciamos coitos mordidos por desejos
sorvendo a carne…em grandes beijos,
que jamais quero esquecer…

Robert


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