Minhas Mãos


Minhas Mãos

Sente meu desejo…são minhas mãos
fatigadas pela rudeza multicolor da terra
nuas e cruas acariciam anjos em pleno voo
frescas e escaldantes quase de orvalho em chama,
mãos de alma alegre, mãos povoadas por ti
e pelas bocas de lábios grossos e trémulos
que respiram sangue borbulhante e ofegante
que as aquece por dentro abandonadas
nas clausulas das pequenas mãos do mundo
em que são apenas as mãos do homem
que descontroladamente controla ímpetos
das trémulas barcaças que deslisam na tua água,
remando digitais pelas tuas quatro estações
penetrando indiferentes nas tuas fabulas
Deixa serem sedentárias em ti.. são amor e vontade
e cheiram a paixão e alecrim aos molhos
como o brilho dos teus olhos cor de primavera..
Sentes? São minhas mãos…

Robert

1 comentário:

Denise Matos disse...

Lindíssima poesia... gostosa de ler e sentir...
Aplausos caríssimo poeta.
Bjos em seu coração...

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