Vem, meu amor!
Foi e será na imponência primaveril de algum dia
entre rosas, lírios, cheiinho de alma e poesia,
eu sabia e senti que sentiria no momento que ali vivi
intensamente uma de todas as volúpia dos olhos quando a vi…
Despertou a alma do amor que adormecido inda vasto
foi vivamente segredando aos sentidos que era a hora
anunciada todos em todos os zumbidos floreados de mel
e dos cupidos gritavam gritando opulências de outrora,
sumptuosidades se uma paixão que na trilha deixou rasto,
esculpida pacientemente na terra por mãos de alvenel.
Foi na Primavera que a vi…foi ali…
Entre todas foi volúpia dos olhos quando a vi.
O seu chapéu cor do céu entrançado foi magia com magia
e escondia o calor que naquele dia revelou todas as ardências,
desejei o beijo e desejando espalhei o beijo na poesia
com arritmia de um certo sabor de aconchego e arrimo,
foram beijos com jeito de flor, perfeitos como circunferências
em todos os sentidos e olhares, nos baixios vindos do cimo.
Todos os beijos davam-lhe franco no velho verbo amar
encantados pelo escarlate nas pontas do lenço branco
foi assim que nos beijamos e beijaremos sem que ninguém nos ouça,
surdos gritamos e gritaremos palavras que eram de moço e são de moça,
cegos vimos e escutamos o amor em voz alta de chamar…
A Primavera era agora feita de palavras pedidas e feitas em gesto,
entre os beijos escrevemos poesia em jeito de manifesto,
clamamos em todas as direções dos intensos relances do olhar.
Foi e será na imponência primaveril de algum dia
entre rosas, lírios, cheiinho de alma e poesia,
que disse de mim para ela com certeza em demasia…
Vem, meu amor!
Vamos correr os dois juntos pelas eiras e pelos montes
a poesia abençoará nosso amor… nosso tesoiro
Vamos correr na seara, escrever terra onde palavras serão oiro
vamos correr no vento, mergulhar no sonho de todas as fontes.
Vem, meu amor!
Vamos cantar o Fado, dançar nas calçadas namorar no telheiro;
Vem para mim e serás do meu sangue minha vida, meu amor!
Dê-me os beijos a graça e esse teu jeito encantador…
Vem, meu amor!
Vem sem fim do nosso dia, vem pintar o sol poente,
serei pintor e tu as obras da mente e coração,
Vem, meu amor, quem ama com a gente nunca mente…
Vem, meu amor!
Vem, meu amor como o Sol doirado que e nós já brilha,
mas se entretanto acordarmos…deixarei na terra com devoção
nosso cheiro que fecundará até mim uma trilha…
Robert
1 comentário:
Esta poesia está tão bonita que vim comentar aqui p ler junto com a imagem. Carregada de bons sentimentos. Parabéns pela inspiração.
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