Meu destino és tu...amor...

Meu destino és tu...amor...




Oh amor...oculto atrás das léguas!
Que o sonho não deu tréguas…
Hoje poeta…outrora bravo marinheiro…
Em alma sem dó…sem regras,
de quem a saudade fez prisioneiro !
Oh meu mar sublime!
A tua imensidão amor reprime…
Onde a solidão do poeta não é crime,
Onde a dor oprime a inspiração…
Oh albatroz! Dá-me noticias de minha paixão!






Sentado à beira dum lago,
Onde vejo a lua é reflexo vago…..
Inavegáveis águas inúteis em mim...
Em lago de real e nobre jardim,
Aperto no coração eu trago….
Oh caravela que construi um dia!
Que tinha em estrelas rumo certo,
Aportada em cais fantasma és madeira fria…
E a sombra da distância que me guia,
No inóspito areal deserto!






Os pirilampos reclamam da aragem,
As sereias cantam roucas se brio….
O sol não se importa mais com a imagem,
Onde os canários perderam a linguagem…
Quem encanta? Ninguém…está frio…
A desilusão no meu reino mora,
Não há ouro nem prata que me iluda…
Apenas poesia em linguagem muda...
O meu desaconchego ajuda...
Onde em lágrima seca chora!






Oh vento feroz…me levas?
Nas asas do meu amigo albatroz..
Ajuda-me a destronar maré atroz…
As mesmas que outrora levaram marinheiros nas trevas!
Oh meu amor de alma perfumada!
Por ti minha amada,
Atravesso as tempestades mais astutas,
E todos os monstros e feras brutas...
Por ti! Venço exércitos em sangrentas lutas…
Oh meu Deus…que sejas perdulário…
Entrego minhas riquezas….Meu castelo encantado,
Serei de novo marinheiro…poeta solitário…
Ao meu amor fui destinado….


Robert